sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Catedral centenária


A Catedral de Santa Maria completou 100 anos, desde que foi consagrada como Igreja Matriz, em 1909.
Após a demolição da antiga, pequena e ruinosa igreja, em dezembro de 1888, a Capela do Divino passou a servir de Matriz e, alguns anos depois, surgiu um movimento para a construção de uma nova igreja condizente com o progresso da cidade. A iniciativa foi prejudicada em consequência da Revolução Federalista de 1893 e de conflitos envolvendo o pároco e lideranças republicanas.
Após assumir a paróquia, o padre palotino Caetano Pagliuca retomou a ideia formando, em 1902, uma comissão que levou á frente construção da nova Matriz. Foram membros atuantes Gustave Vauthier, Pedro Weinmann, Antonio Alves Ramos e outros.
O projeto de Arquitetura foi contratado com o alemão Johann Grünewald, formado em Colônia, Alemanha, com o título de Dombaumeister, “mestre construtor de catedrais”. Conhecido como “Mestre João”, ele havia construído obras importantes no Estado. Depois de construídas as fundações, o projeto foi modificado por Francisco Dupras, um desenhista da Estrada de Ferro, sendo que os zimbórios das torres foram projetados e dirigidos pelo Eng. Oscar Ewald.
Em sete anos, a construção do grande templo foi concluída, graças à continuada contribuição do povo católico da cidade. A sagração foi celebrada, em 5.12.1909, pelo bispo do Rio Grande do Sul, D. Cláudio Ponce de Leão, que celebrou a missa pontifical, no dia 8 seguinte, dia da Padroeira Imaculada Conceição, exatamente sete anos após o lançamento da pedra fundamental. Havia 21 anos que a pequena Capela do Divino, à direita, na foto de 1910, servia de Igreja Matriz.

No ano seguinte à sagração, foi criada a Diocese de Santa Maria, em 1910, e a igreja foi elevada à condição de Catedral.

A Catedral sofreu uma acentuada reforma, em 1939, executada pelo prático João Lapitz, que alterou sua linguagem original.
O interior da Catedral (foto de Fernando Top) foi valiosamente enriquecido, em 1954, com as pinturas murais de Aldo Locatelli e pintura decorativa de Emílio Sessa, ambos naturais de Bergamo, Itália.
A cidade deve se orgulhar de sua igreja centenária, um dos mais valiosos bens de seu patrimônio edificado.