terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mathias José da Costa


Imigrante açoriano, nascido na Ilha de São Miguel, possivelmente em 1753, Mathias era filho de José Vieira e Quitéria da Costa, naturais da mesma ilha.
São Miguel é a maior ilha do arquipélago dos Açores, com cerca de 65 km de comprimento por 15 a 8 km de largura. Ao sul, cerca de 80 km, fica a pequena Ilha de Santa Maria, que, por coincidência, seria o nome da terra adotiva de Mathias, no Brasil.
Em 1797, ele já vivia no Acampamento de Santa Maria, onde casou com Maria Cabral, sua primeira esposa, nascida em Bom Jesus do Triunfo. A primeira filha, Florisbela, foi batizada, em 17 de fevereiro de 1798, pelo padre Euzébio de Magalhães Rangel e Silva, capelão da 2ª Subdivisão Demarcadora de Limites. Foi o primeiro batismo celebrado na Capela do Acampamento de Santa Maria, que se instalara no local alguns meses antes, dando início à povoação. O acampamento e sua rústica capela, onde fora montado o altar portátil que acompanhava a expedição, atraíram moradores dos arredores e de lugares distantes.
Mathias José da Costa foi um dos primeiros povoadores de Santa Maria, tendo chegado ao Acampamento da 2ª Subdivisão, nos primeiros meses após sua instalação, em 1797. O casal teve pelo menos mais duas filhas, Josefa Maria e Francisca.
Por volta de 1805, Mathias casou, em segundas núpcias, com Anna Josefa Pompeo de Toledo, natural de Cachoeira, filha de Felisberto Pompeo de Toledo.
Em 1821 ou 22, quando o velho açoriano já tinha 68 anos, nasceu possivelmente seu penúltimo filho, Mathias José da Costa Pompeu, avô de minha sogra, Aura da Rosa Leonardo. Então, minha esposa, Antonieta Leonardo Brenner, é trineta do açoriano Mathias José da Costa, um dos moradores mais antigos da povoação, considerado um dos fundadores de Santa Maria.
O açoriano Mathias José da Costa faleceu com 80 anos de idade, em 10.8.1833, e foi sepultado no cemitério da Estância do Durasnal de São João, a cerca de 14 km a oeste do centro da povoação, em terras de seu sogro, o sesmeiro Felisberto Pompeo de Toledo. Ainda hoje, a localidade ali existente chama-se Durasnal.